Lei seca divide opiniões de
campineiros
Por Luiza Chelegon
Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br
A
nova lei do trânsito brasileiro, que permite um consumo máximo de 2
decigramas de álcool por litro de sangue, gera opiniões diversas.
Além de multas elevadas, o motorista embriagado corre o risco de
perder a carteira, ter seu carro retido e em alguns casos, ser
preso.
Com medo das conseqüências, muitos motoristas escolhem o uso de táxi
para suas saídas noturnas. ”Na sexta-feira, dia internacional da
cerveja, as pessoas vão para o trabalho de carona ou ônibus, e
depois vão para o bar. Ai voltam para casa de táxi”, explica o
taxista Pedro Ivo. A corrida noturna, que custa uma média de
R$30,00, teve uma demanda elevada desde que a lei começou a ser
aplicada.
O instrutor de auto-escola Germano Félix comenta que seus
alunos tem opiniões diversas sobre a nova lei. “Tem alunos que
apóiam, outros acham muito radical. Muitos jovens que vão para a
auto-escola acham a lei muito severa”, comenta. Mas Félix alega ser
a favor da lei. “É visível que o número de acidentes diminuiu. A
bebida é uma droga lícita, mas não deveria ser. Não deveria ser
possível encontrar bebida em qualquer supermercado”, desabafa o
instrutor.
O
pintor de celular Sílvio do Amaral diz que é a favor da lei seca.
“Quase fui atropelado por um bêbado aqui no centro outro dia. O povo
sai do bar e dirige. Imagina se atropelam a minha sobrinha ou minha
mãe?”, desabafa.
O instrutor Félix aconselha que não se faça o bafômetro no caso de o
motorista ter bebido um pouquinho a mais. “Até o motorista ser
levado para fazer exame de sangue ou ser autuado, o seu nível de
álcool no sangue terá
baixado. Para quem bebeu pouco, talvez seja uma alternativa”,
sugere. O motorista de táxi Pedro Ivo sugere que o motorista pegue
um táxi. “Tome a sua biritinha, que a gente leva pra casa”,
completa.
04 de julho de 2008 |