Mercadão de
Campinas esconde raridades
Parte 01
Por Luiza Chelegon
Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br
O
Mercadão Municipal de Campinas comemora 100 anos em 2008. Ponto
marcante da cidade de Campinas, o Mercadão engloba 143 pontos de
vendas (boxes) que vendem temperos, grãos, cereais, especiarias e
produtos naturais.
Na Peixaria do Bigode, os clientes fiéis compram os mais diversos
produtos do mar. Pedro Naziri, o Bigode, é proprietário do
estabelecimento há 10 anos. “O que mais vendemos aqui são os peixes
populares: tilapia, sardinha e cavalinha. São peixes mais baratos”,
relata. Os vendedores Sandro Gomes Araújo e Lucas de Oliveira contam
que atendem uma variedade de clientes, inclusive para restaurantes e
bares
da
cidade. “Vendemos muito camarão, lula, polvo, marisco, caranguejo e
siri. Mas o que mais vende mesmo é sardinha, porque tem ômega 3. São
50kgs de sardinha por dia”, conta Araújo.
Fornecer receitas é um diferencial do estabelecimento, que preza
pela qualidade no atendimento. “Ensino os clientes a fazer peixe no
molho. Vou te ensinar também, ok? Coloque postas de corvina em uma
panela com batatas, tomates e temperos. Cubra com água e cozinhe.
Fica delicioso”, explica Araújo. Ele relata ainda que a maioria dos
clientes retorna para contar que fez a receita e apreciou.
A
grande diversão da garotada é comprar peixinhos no Mercadão. “Quando
eu era pequeno, comprava peixinhos aqui e colocava em um aquário em
casa. São lembranças da minha infância”, conta Christian dos Santos
Chaves. A vendedora Leila da Silva relata que são vendidos em média
50 peixinhos por dia, mas a maioria dos compradores são adultos, e
não crianças. “Temos peixes de diversos lugares, inclusive o Neon e
o Acará Bandeira do Amazonas”, explica. O estabelecimento ainda
fornece dicas de criação para quem compra os peixinhos.
Ser atendido pelo próprio dono é uma vantagem que só o Mercadão
oferece. Além do Bigode, encontramos o proprietário Tito Camarini.
Especializado
em pimentas decorativas, Camarini conta que as decorações são feitas
no próprio estabelecimento. “Decoramos os vidros e escrevemos o nome
da pessoa em folha de laranja. É um belo presente”, comenta. A banca
oferece raridades como a fruta Pequi, utilizada no tempero de carnes
e frangos, além do óleo da mesma fruta. A Gariroba, espécie de
palmito amargo, também pode ser encontrado na Banca do Tito.
A
visita não estaria completa sem a banca de flores. São diversos
arranjos especiais para quem deseja presentear a pessoa amada.
02 de julho de 2008
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