Pombas do Largo do Rosário
Luiza Chelegon Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br
Encontrada
em grande quantidade no Largo do Rosário, em Campinas, a pomba é
uma ave mansa que se adaptou muito bem à região, provavelmente
pela facilidade de encontrar alimento e abrigo. É fácil observar
crianças e adultos jogando milho e alimentos diversos às aves da
praça, conhecida por muitos campineiros como “praça das
pombinhas”.
O pombo comum, cujo nome
científico
é Columba livia domestica, é uma ave exótica, que se originou da
pomba das rochas, de origem européia, e foi introduzida no
Brasil no século XVI. Em ambiente favorável, a ave pode atingir
vôos de 80km/h e sobreviver por até 15 anos. Mas isto não
acontece com as pombas urbanas, que não vivem mais do que 5
anos.
Sua imagem está associada ao
símbolo da paz, religião, e amor, o que a torna distante de ser
considerada uma praga. No entanto, quando em grande número num
determinado local, essas aves podem causar danos à saúde e ao
ambiente. Essa forma doméstica, muito comum pelo mundo afora, é
vista como a principal praga entre as aves urbanas. É chamada
inclusive de "rato
voador".
Pode parecer incrível, mas, apesar de simbolizarem a Paz, as
pombas são consideradas realmente pragas urbanas, devido ao fato
de serem hospedeiros de diversos organismos que causam prejuízos
à nossa saúde.
As principais doenças transmitidas pelas aves são a
Toxoplasmose, que pode causar cegueira, aborto até a morte, além
da Histoplasmose, Erisipela,
Salmonella
sp, Candidíase e Aspergilose. Estas doenças são transmitidas ao
homem principalmente por vias respiratórias, através da inalação
de resíduos das fezes secas depositadas em caixas armazenadas,
no chão, em beirais, em máquinas, ou em qualquer outro local
defecado. Outra forma de contaminação é através dos piolhos dos
pombos.
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Muitos moradores da região central
da cidade de Campinas reclamam da sujeira que as pombas fazem em
suas janelas. As fezes do animal são extremamente danosos à
metais e pinturas (de carros, por exemplo) e devem ser limpadas
imediatamente. Durante a
limpeza
de forros, calhas ou qualquer outro local que apresente fezes,
restos de ninhos, ovos e penas, é aconselhável usar sempre luvas
e utilizar sempre uma máscara ou pano úmido sobre o nariz e a
boca. Nunca remover a sujeira a seco, deve-se sempre umedecê-la
antes, para evitar a inalação de poeira e proteger alimentos do
acesso das aves.
Campinas, 06 de
agosto de
2008 |