Rodrigo Cappi, o
músico versátil
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Luiza Chelegon Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br
O
músico Rodrigo Cappi, graduado pela Unicamp, toca música clássica e
erudita. Em sua definição, ele diz ser um pouco de tudo. “Não tem
como definir musico popular e erudita. Não devemos nos prender. A
graça de ser músico é fazer tudo que a música pode oferecer”,
explica Cappi.
Rodrigo Cappi conta que entrou na música ainda pequeno. “Eu tinha
uma professora de piano particular, mas com 12 anos já fui fazer
aulas no Conservatório Carlos Gomes. Lá estudei até o 2º ano
técnico”, relata. Ele conta que seu encanto pela música se deu
graças a um professor de ciências que tocava violino. “Ele era fã de
Starwars e lutador de esgrima, igual a mim. Nós matávamos as aulas
da escola para estudar violino, acredita?”, se diverte o cantor.
Seu instrumento de trabalho, a viola, foi uma descoberta. Aos 18
anos de idade, após estudar piano e violino, se encantou pela viola.
Seu bacharelado pela Universidade de Campinas Unicamp foi em Música
Erudita – instrumento viola, devido o encantamento com o
instrumento.
Tocar
em Angola, para Cappi, foi uma experiência ímpar em sua vida. Ele
relata que o convite surgiu em tom de brincadeira. Rodrigo Cappi e
alguns amigos músicos formaram um quarteto, ainda na faculdade. Um
amigo, cujo pai era influente em Angola, decidiu contar ao pai que
seus amigos iriam tocar em Angola nas férias. “O pai levou a
brincadeira a sério e então, a convite da Faculdade de Angola,
tocamos vários concertos”, conta.
Os eventos inusitados acontecidos em Angola mostraram para Cappi a
versatilidade que o músico deve ter. “Chegamos no teatro para fazer
a primeira apresentação em Angola. O único problema é que o teatro
não havia sido avisado sobre o nosso concerto. Infelizmente tivemos
que voltar para o hotel. A platéia nem pode nos assistir. Foi triste
também para a Banda do Exercito. Eles viajaram 700km para nos
assistir, só que não conseguiram”, relata.
Já na segunda apresentação de Angola, o palco do teatro não tinha
lâmpada. “O pior é que não nos autorizaram a comprar uma lâmpada.
Tivemos que tocar no escuro. Até aí tudo bem, não fosse o fato de
que começou a chover no meio da apresentação. Alagou o teatro”,
relembra o músico.
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As apresentações ilustres do músico aconteceram em
diversas ocasiões, como na Orquestra Sinfônica do Mercosul. Já
dividiu o palco com Cristóvão Bastos, pianista de Chico Buarque, e
Daniela Caymmi, neta de Dorival Caymmi. O músico é parte integrante
da Orquestra da Metrocamp. Anteriormente participou da Oficina de
Cordas.
Rodrigo Cappi relata que nem tudo são flores. Em uma apresentação
para a gravação de um DVD de Elba Ramalho (com a Orquestra de Poços
de Caldas), tudo corria bem, até ele lembrar que havia esquecido
seus sapatos. “Tive que tocar de tocar de terno preto, gravata
borboleta e sandália marrom”, comenta.
Mas, além disso, Rodrigo Cappi atua como freelancer na região.
“Fazemos
qualquer negócio”, brinca o músico. O convite mais inusitado surgiu
em um dia de finados. “Fui convidado para tocar temas de desenhos e
filmes na porta do cemitério ao meio dia. Iriam me pagar 500 reais
por uma hora de trabalho. Mas achei melhor não aceitar. Fiquei com
medo da reação das pessoas”, recorda.
O trabalho irrecusável, na opinião do músico, é tocar em festas de
casamento. “Todo mundo toca em casamento. É um trabalho que não dá
para negar. É rápido e diferente de orquestra”, comenta.
30 de junho de 2008 |