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Valfrides, o observador do dia-a-dia

Por Luiza Chelegon Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br


Caderno e lápis, estes são os instrumentos que Valfrides Aparecido Rodrigues utiliza para contar suas aventuras diárias. Muito observador, o escritor relata os acontecimentos em sua volta com uma intensa riqueza de detalhes. Normalmente escreve sentado na beira da cama, na escrivaninha, ou em qualquer lugar que estiver. “Se alguém me da um chá de cadeira, pego meu caderno e saio escrevendo”, comenta Valfrides.

Já são oito cadernos manuscritos com todas as obras de Valfrides, além de suas agendas. “Nas agendas escrevo os poemas, e uso o calendário como índice dos meus trabalhos”, explica o autor. O poema “Ciéle = 20”, escrito em homenagem à sua filha mais velha, você pode ler no final desta matéria.

O encanto de Valfrides com a literatura começou muito cedo. “Quando era pequeno e trabalhava na roça, via meu irmão escrevendo palavras no ar. Era muito lindo. Era como seu o dedo dele fosse giz e o espaço fosse a lousa”, comenta com ar poético.

A primeira redação do autor, na 3ª série, foi sobre um passarinho preso na gaiola. “Observei o passaro e fiquei com dó”, diz. E foi assim que ele aprendeu a relatar os acontecimentos do dia-a-dia. Valfrides comenta que inclui todos que conhece em suas histórias. “Hoje de manhã conheci uma moça na fila do banco. Falei pra ela que iria colocá-la em um livro meu, assim que o momento fosse certo”, conta enquanto explica que os personagens tem “vida própria”, e por isso ele não pode decidir sozinho quando ela vai entrar na história. “No momento certo ela aparecerá”, explica.

Os temas de suas histórias são extremamente variados, mas todos eles já foram vividos por algum conhecido de Valfrides. “Quando fiquei internado no hospital, queria falar sobre os funcionários do local.
Fiz até um livrinho”, comenta. “Vou tirando histórias das peripécias de vocês”, completa orgulhoso.

Leia abaixo um poema de Valfrides Aparecido Rodrigues:

“Ciéle = 20”

Deixo-te minha história, deixo-te meu sonho
Que sonhei nas madrugadas da vida
Nos dias de tarde e nas madrugadas de dor
Deixo-te o descontínuo dos meus dias
As lágrimas deste descontínuo
Incompleto, incompreendido, malhado
E cheio de provocações duvidosas
Que ornamenta e colore caminhos estranhos
E risos que provocam lágrimas
E enchem um coração em dor
Dor pela injúria e pela maldade
Que canta, que debocha e ri
Ri do sangue inocente, do sonho desfeito
Da mala refeita
Que te viu partir
E partiu corações formando lagoas
Inundada em lágrimas
Que serão lágrimas emotivas
Motivadas pelo roubo refeito
Da bacharel de respeito, e que a ama.

       28 de julho de 2008

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