História da Imprensa de Campinas
Luiza Chelegon Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br
Foi pelo ano de 1832, que Hércules
Florence (foto - auto-retrato) iniciou sua carreia ao comprar
uma tipografia. Após 26 anos da
compra,
Florence deu aos irmãos João e Francisco Teodoro de Siqueira a
oportunidade de adquirir sua tipografia e criar o primeiro
jornal em Campinas. A Aurora Campineira, no dia 4 de abril de
1858. Na madrugada da véspera do lançamento do jornal, ouvia-se
o som do ferro velho que mais tarde seria chamado de "gemer dos
prelos". Daí nascera a Aurora Campineira. Folha média, com 30
centímetros de comprimento por 20 de largura. Mas este foi só o
primeiro e durou pouco.
Por ser famoso nos escândalos e no
combate as causas sociais, em dois anos foi convertido em órgão
oficial do Partido Conservador, exatamente no dia 10 de janeiro
de 1960. A partir daí, passou a chamar-se O Conservador.
Resistiu dez meses, e morreu.
Período negro e
restauração
Os vários envolvimentos dos
primeiros jornalistas com a justiça, dando a eles grande
prejuízo, fez com que o povo acreditasse que a imprensa não era
um bom negócio, muito menos para investir suas economias. O
vazio da imprensa em Campinas prolongou-se por nove anos quase
completos, quando alguns jovens destituídos criaram o
bi-semanário Gazeta de Campinas. A partir daí, os campineiros
voltaram às boas com os impressos e não pararam mais. Era um
jornal após o outro.
Pouco tempo depois surgiu O
Constitucional e Deus e Pátria, que era estritamente monarquista
e católico. Entre outros criados por jovens idealistas se
destacou o jornal A Mocidade, que acabou evoluindo para o
conhecido Diário de Campinas.
Nem só de diários e gazetas vivia a
imprensa campineira. Pasquins também deixaram um pouco da
história da imprensa em suas páginas. Os mais famosos eram O
Vigilante e o Pimenta.
Associação
Campineira de Imprensa
O grande fluxo de impressos na
virada do século XIX para o XX forçou os jornalistas a criarem
um órgão em que pudessem trocar idéias e discutir assuntos
atuais. Foi em dez de maio de 1927, numa tabacaria havanesa que
surgiu a Associação Campineira de Imprensa. Após muita
dificuldade e luta ao longo da história, a Associação Campineira
de Imprensa se encontra perfeitamente consolidada como uma das
mais influentes associações jornalísticas do Estado de São
Paulo.
Enfim, História da imprensa em
Campinas é uma viagem no tempo que retrata as aventuras dos
pioneiros e suas peripécias em uma cidadela que, na época,
contavam com nove mil habitantes, para transformá-la em uma
imprensa que hoje, já toma ares de gigante.
Campinas, 19 de
agosto de
2008 |